Semana Interamericana dos Povos Indígenas #PovosIndígenas

Semana Interamericana

dos #PovosIndígenas

(7 a 11 de agosto de 2023)

Em junho de 2016, após 17 anos de negociações, a Assembleia Geral da OEA adotou a Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas. O marco histórico reafirmou o compromisso dos Estados membros da OEA de reconhecer, promover e proteger os direitos fundamentais de mais de 70 milhões de povos indígenas do Hemisfério.

Declaração Americana inclui disposições que abordam a situação particular dos povos indígenas das Américas e afirmam seu direito básico à autodeterminação, educação, saúde, autogestão, prática cultural, terras, territórios e recursos naturais, assim como à igualdade de gênero para as mulheres indígenas, entre outros direitos fundamentais.

Em 2017, a Assembleia Geral aprovou o Plano de Ação para a implementação da Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas (2017-2021), e em 2018 o Conselho Permanente adotou uma resolução que institui a Semana Interamericana dos Povos Indígenas, com vistas a promover as tradições, as línguas, a história e as contribuições sociais dos povos indígenas das Américas. Desde então, a OEA tem comemorado essa semana por volta do dia 9 de agosto de cada ano para coincidir com a celebração do Dia Internacional dos Povos Indígenas do Mundo.

Nesse sentido, para ressaltar a influência dos povos indígenas na formação de nossas sociedades, a OEA está traçando perfis de figuras de renome histórico que se destacaram em sua contribuição nacional ou hemisférica para as Artes e Cultura, os Esportes, a Política, os Direitos Humanos e a Ciência ou que com o seu trabalho deram uma contribuição significativa para suas nações ou para sua região.

 

 

 

film Crafting Our Indigenous Memory

Filme “Crafting Our Indigenous Memory”

São Vicente e Granadinas

“Black Soul” é um curta-metragem de animação canadense que mergulha no coração da cultura negra com uma emocionante viagem pela história. Veja como um menino traça suas raízes através das histórias que sua avó compartilha com ele sobre os eventos que moldaram sua herança cultural.

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“Shipibo-Konibo, retratos do meu sangue”
é um curta-metragem sobre a exposição fotográfica do artista peruano de etnia indígena David Diaz.

 

 

Cosme Damián Zeferino Silverio

Local de nascimento: Del Nayar, México
Data de nascimento:
7 de setembro de 1994

Cosme Damián Zeferino Silverio
Cosme Damián Zeferino Silverio México

Químico farmacobiológico, nascido em setembro de 1994. É originário da comunidade indígena de Jesús María, município de Del Nayar, mais conhecido como Chuisetye. Pertence à etnia naayeri (Cora). “Falo e escrevo meu idioma e é isso que me dá orgulho de ser quem eu sou”, afirma.

Ele se considera uma pessoa ativista. Ajuda levando cobertores, alimentos e brinquedos para as localidades de Santa Teresa Del Nayar, Santa Anita, Mesa de Cocorocha, Ojo de Agua e Guacamayas, no município de Del Nayar. Junto com o coletivo “Unión de Estudiantes Indígenas por México” (UEIM), já visitou diversas comunidades com esse mesmo objetivo.

Atualmente trabalha como promotor de bolsas de estudo no plano de justiça dos povos indígenas naayeri, wixarika, odam e meshikan, na área de infraestrutura. Em breve, trabalhará como professor em uma escola de ensino médio de Mesa Del Nayar. Deseja fazer campanhas de conscientização ambiental e ser porta-voz da sua comunidade.

“Inya na’ayeri nu pue’n, kanu’ nya tevira’a”

 

Daiara Hori Figueroa Sampaio

Local de nascimento: São Paulo, Brasil
Data de nascimento:
1982

Daiara Hori Figueroa Sampaio
Daiara Hori Figueroa Sampaio Brasil

Daiara Hori Figueroa Sampaio - Duhigô, do povo indígena Tukano – Yé'pá Mahsã, clã Eremiri Hãusiro Parameri do Alto Rio Negro na amazônia brasileira.

Artista, ativista, educadora e comunicadora.

Graduada em Artes Visuais e Mestre em direitos humanos pela Universidade de Brasília - UnB; pesquisa o direito à memória e à verdade dos povos indígenas;

Foi coordenadora da Rádio Yandê, primeira web-rádio indígena do Brasil - www.radioyande.com de 2015 à 2001.

Ganhadora do Prêmio PIPA Online 2021, organizado pelo Instituto PIPA como mais relevante prêmio brasileiro de artes visuais.

Estuda a cultura, história e espiritualidade tradicional de seu povo junto à sua família. Reside em Brasília, DF.

Fala Português, Inglês, Francês e Espanhol.

 

Laura Dihuignidili Huertas Thompson

Local de nascimento: Cidade do Panamá, Panamá
Data de nascimento:
24 de dezembro de 1994

Laura Dihuignidili Huertas Thompson
Laura Dihuignidili Huertas Thompson Panamá

Laura Dihuignidili Huertas Thompson é indígena guna da comarca de Guna Yala, situada no Caribe panamenho. É a fundadora da ONG ANYAR (Por nossos territórios), criada em 2019 com o objetivo de oferecer um espaço seguro onde os jovens possam se expressar e também dar oportunidades de aprendizado sobre novas tecnologias.

Atualmente é estudante de Direito e Ciências Políticas da Universidade de Santa María la Antigua, na Cidade do Panamá, e considera esse campo de estudo relevante para promover a justiça como uma ponte entre as mulheres indígenas e assim motivá-las a continuar aprendendo e a participar dos espaços cívicos. Também tem um diploma em Fortalecimento da Liderança da Juventude Indígena na América Latina e no Caribe do Programa Universidade Indígena Intercultural da Universidade Carlos III de Madri.

Graças ao seu trabalho, foi distinguida como Embaixadora da Juventude para os ODS pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Também recebeu uma menção honrosa do Ministério do Meio Ambiente por sua excelente ideia de projeto Anmar sabbi sobre mudanças do clima e foi indicada para o Prêmio Panamá Positivo 2022.

 

Barbara Mamani

Local de nascimento: Iquique, Chile
Data de nascimento:
11 de junho de 1999

Barbara Mamani
Barbara Mamani Chile

Bárbara é uma empresária aimará que vive em Matilla e se dedica à produção e venda de produtos orgânicos da agricultura tradicional de seu povo, como laranjas, goiabas, piqueñas e limões de Pica, com os quais também produz pisco sour artesanal.

A empresa que administra com sua família chama-se Akax quri nayankiwa, que em espanhol significa “meu tesouro”.

Bárbara está aprendendo a falar o idioma aimará com uma professora no vilarejo de Apamilca, junto a quem deu nome à sua empresa. O aimará havia-se perdido em sua família desde que sua avó, há muito tempo, proibiu sua mãe de falar o idioma.

Ela trabalhou com o Centro POETA da Fundação para as Américas, onde conseguiu alavancar seu modelo de negócios, dobrando o faturamento. É possível segui-la em Akax quri nayankiwa no Instagram ou em Mi Tesoro no Facebook, onde mostra seu trabalho.

 

Divine Wes-Anna Derrice Walter

Local de nascimento: São Vicente e Granadinas
Data de nascimento:
31 de março de 1988

Divine Wes-Anna Derrice Walter
Divine Wes-Anna Derrice Walter São Vicente e Granadinas

Divine Wes-Anna Derrice Walter é uma cidadã são-vicentina natural da tranquila e vibrante comunidade indígena de Sandy Bay. A pequena Divine é apaixonada pelas artes e orgulha-se de representar alegremente a comunidade em suas diversas áreas de interesse.

Seu amor pelas artes e áreas afins transparece não apenas em sua comunidade garífuna em Sandy Bay, mas em toda a ilha, à medida que seu nome vai ganhando destaque. Aos cinco anos de idade, começou o seu envolvimento em diferentes grupos de desenvolvimento comunitário: Escola Dominical e Guilda de Servidores da Igreja Anglicana, Escoteiras da Escola Pública de Sandy Bay, clubes de futebol, Clube de Netball da Escola Pública de Sandy Bay, Coral da Escola Pública de Sandy Bay, Grupo de Dança da Escola Pública de Sandy Bay, só para citar alguns.

Também participou de competições de oratória na escola. Aos oito anos de idade, Divine também foi convidada a participar da Competição Nacional de Calipso Júnior e venceu a competição como Campeã Nacional de Calypso Júnior (Escola Primária - 2022). Trabalhando arduamente para desenvolver ainda mais a sua arte, conseguiu manter o título na recém-concluída Competição de Calipso Júnior, realizada em julho de 2023. Com seu verdadeiro espírito garífuna de trabalho árduo e dedicação na escola, na igreja e na comunidade em geral, ela pretende trabalhar duro para ser a próxima Monarca do Calipso em SVG, enquanto continua iluminando sua comunidade garífuna em Sandy Bay.

 

Akley Olton

Local de nascimento: São Vicente e Granadinas
Data de nascimento:
31 de março de 1988

Akley Olton
Akley Olton São Vicente e Granadinas

Akley Olton é um cineasta são-vicentino que usa o cinema para manter viva a cultura indígena. Seu trabalho explora como a estética pode regenerar novas conexões com a ancestralidade, a tradição e a identidade cultural.

Olton vem equipando as comunidades indígenas com as habilidades necessárias para contarem suas próprias histórias. Também colabora com organizações para produzir oficinas de cinema em comunidades indígenas do Caribe e da América Central. Sua oficina mais recente aconteceu em Sambo Creek, Honduras, onde Olton ajudou a capacitar os jovens garífuna na preservação de sua cultura por meio do cinema.

Ele espera poder continuar encontrando apoiadores que lhe permitam ensinar e equipar os jovens das comunidades indígenas com as habilidades e ferramentas para contarem suas próprias histórias. Acredita que o cinema é uma ferramenta poderosa para preservar a cultura indígena e promover a compreensão cultural. Está usando o cinema para empoderar as comunidades indígenas, ajudando-as a preservar sua cultura e história.

 

Melanio Pieykangi Pepangi Fua'agi

Local de nascimento: Comunidade Chupapou, distrito Villa Ygatimi, Canindeyú, Paraguai
Data de nascimento:
14 de abril de 1993

Melanio Pieykangi Pepangi Fua'agi
Melanio Pieykangi Pepangi Fua'agi Paraguai

Concluiu seus estudos primários e secundários na comunidade Aché. Aos 17 anos, mudou-se para Assunção depois de ganhar uma bolsa para cursar Licenciatura em Enfermaria. Durante sua estadia na capital, fez também um curso de fotografia, descobrindo uma nova forma de expressar sua cultura, captando momentos da comunidade.

Em 2020 participou de um concurso organizado pelas Nações Unidas Paraguai chamado “O país que eu gostaria de ver”, conquistando o primeiro lugar entre 153 participantes de todo o país. Atualmente vive em Ciudad del Este e trabalha no Hospital Regional como licenciado em Enfermaria, no cargo de Ponto Focal de Saúde Indígena. Continua fotografando momentos que deem visibilidade à cultura Aché nos dias de hoje.

 

Claudelino Balbuena Basybuky

Local de nascimento: Puerto Diana, Alto Paraguai
Data de nascimento:
7 de outubro de 1984

Claudelino Balbuena Basybuky
Claudelino Balbuena Basybuky Alto Paraguai

Artista plástico Yshir, gestor cultural, promotor da arte e da cultura indígena, já expôs obras em nível nacional e internacional, como Argentina, Espanha, Itália, França, Países Baixos, Áustria, Alemanha. Promotor de direitos humanos e direitos dos povos indígenas, promotor público, participou de processos de construção de políticas públicas em favor dos povos indígenas. Ingressou na função pública junto à Secretaria Nacional de Cultura em 2009, tendo realizado diversas ações de promoção e fortalecimento da cultura indígena e representado a instituição em instâncias interinstitucionais e intersetoriais, fazendo parte da equipe impulsionadora do Plano Nacional de Povos Indígenas do Paraguai.

Em suas obras pictóricas, busca criar conscientização sobre a diversidade cultural do Paraguai. Claudelino Balbuena foi formado nas artes plásticas por seu pai, Ogwa Flores Balbuena, transmitindo em traços na tela a sua rica cultura.

Vídeo do Grito do Pantanal de Basybuky neste link:

https://www.youtube.com/watch?v=L6WAbDi_dZ0

Nesse material, mergulhamos no processo criativo que impulsionou o artista plástico Claudelino Basybuky Balbuena a criar “O Grito do Pantanal”, mediante o qual nos mostra a idiossincrasia do povo Yshir Ybytoso, cujas tradições e costumes transcendem de uma cosmovisão na qual a natureza e os seres mitológicos fazem parte de tudo que acontece.

 

Ana Romero

Local de nascimento: Filadelfia - Chaco, Paraguai
Data de nascimento:
5 de fevereiro de 1990

Ana Romero
Ana Romero Paraguai

Ana Romero é formada em Relações Internacionais. É ativista pelos direitos dos povos indígenas, com 15 anos de trajetória nacional e internacional, pela defesa da terra e do território dos povos indígenas, levando sua voz a diferentes espaços de participação e decisão.

Ademais, é documentalista, dançarina, conferencista do povo guarani do Paraguai e conhecedora da medicina ancestral guarani. É oriunda do Alto Chaco Mariscal Estigarribia.

Atualmente é diretora da Articulação Nacional Indígena por Uma Vida Digna. É fundadora e presidente da União Juvenil Indígena do Paraguai. Foi agraciada com o título de Embaixadora da Ética, Equidade e Transparência e certificada pela Universidade Rutgers e pela Universidade Nacional de Assunção. Foi candidata a deputada pelo Departamento Central.

Trabalhou em instituições públicas – Instituto Nacional do Indígena e Instituto Nacional de Estatísticas. También apoia organizações privadas e ONGs indigenistas.

 

Maricela Fernández Fernández

Local de nascimento: Bribri de Talamanca, Província de Limón, Costa Rica
Data de nascimento:
15 de dezembro de 1974

Maricela Fernández Fernández

Maricela Fernández Fernández, líder e fundadora do movimento Cabécar Kábata Könana, que se traduz como Defensoras do Bosque, e ativista pelos direitos das mulheres indígenas por mais de 15 anos.

Além do “Estanco", que busca revalorizar os conhecimentos ancestrais, recuperar o sentido do trabalho coletivo, a soberania alimentar e o respeito à natureza, o Kábata Könana proporciona às mulheres formação contínua em desenvolvimento humano, igualdade, participação política e luta contra a mudança do clima, entre outros temas.

Sua tenacidade e engenhosidade levaram-na a ser reconhecida como uma voz indiscutível no mundo do ambientalismo e dos direitos humanos na Costa Rica. Na pandemia de covid-19, liderou com sua associação o eixo cultural do plano de atenção e assim, em 15 de julho de 2021, a Associação Kábata Könana recebeu o Prêmio Equatorial, concedido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e seus parceiros, pela criação da rede indígena de troca virtual de produtos denominada “Estanco Indígena de Trueque Virtual Productivo”.

O prêmio reconhece as comunidades locais e indígenas de todo o mundo que apresentam soluções locais e inovadoras para enfrentar a perda da biodiversidade e a mudança do clima, e atingir suas metas de desenvolvimento local mesmo durante uma pandemia.

 

Matut Impi Ismiño

Local de nascimento: Amazonas, Peru
Data de nascimento:
1º de novembro de 1979

Matut Impi Ismiño

Matut Impi Ismiño (povo indígena ou originário Awajún) é a primeira Waisam (Vice-Presidente) do Governo Territorial Autônomo Awajún. A sua nomeação reafirma a liderança das mulheres indígenas na tomada de decisões em espaços de representação.

 

Tali Sabio Piuk

Local de nascimento: Amazonas, Peru
Data de nascimento:
27 de agosto de 1984

Tali Sabio Piuk

Tali Sabio Piuk (povo indígena ou originário Awajún) é a primeira Apu da comunidade nativa de Wawas, localizada no distrito de Imaza, na província de Bagua, região amazônica. A sua eleição se destaca porque, no âmbito das estruturas organizacionais tradicionais dos povos indígenas ou originários, o costume é eleger homens.

 

Graciela Reátegui Mori

Local de nascimento: Ucayali, Peru
Data de nascimento:
29 de novembro de 1984

Graciela Reátegui Mori

Graciela Reátegui Mori (povo indígena ou originário Shipibo-Konibo) é Presidente da Federación de Comunidades Nativas y Afluentes (FECONAU). A sua nomeação para esse cargo importante marca um precedente para uma das organizações mais antigas e emblemáticas do movimento indígena amazônico do Peru.

 

Miriam Kazaizokairo

Local de nascimento: Mato Grosso, Brasil
Data de nascimento:
25 de outubro de 1953

Miriam Kazaizokairo

Miriam Kazaizokairo é uma liderança indígena brasileira nascida no município de Tangará da Serra, estado do Mato Grosso, em 25 de outubro de 1953. Pertencente à etnia Haliti-Paresi, a cacique e professora aposentada é exemplo de força, trabalho,sabedoria e protagonismo, influenciando homens e mulheres indígenas de diferentes gerações. "Quando os jovens precisam de alguma orientação ou têm algum problema eu ajudo. Eles perguntam a minha opinião, reconhecem e respeitam quando falo alguma coisa", afirma a cacique.

Entre os episódios que marcam sua vida, ela cita o início dos trabalhos com a lavoura mecanizada, atualmente com o plantio de soja, milho e feijão que ocupa 2% da terra indígena Pareci. "Me sinto feliz e realizada de ver que os mais jovens deram continuidade ao trabalho que a gente começou lá atrás. Hoje vejo eles trabalhando, viraram adultos andando com as próprias pernas, estudando para poder seguir nas aldeias", pontua.

 

Tomasa Sandoval Ceras

Local de nascimento: Michoacán de Ocampo, México
Data de nascimento:
25 de janeiro de 1959

Tomasa Sandoval Ceras

Originária da comunidade Purépecha de San Pedro Cucuchucho, município de Tzintzuntzan. Falante do idioma purépecha, ela concluiu seus estudos secundários e quase imediatamente ingressou no serviço de magistério de Educação Indígena. Posteriormente, ela completou o bacharelado em Pedagogia e o Mestrado em Educação com ênfase em Desenvolvimento Curricular.

Ela trabalhou nas comunidades de origem e afiliação (Cucuchucho e Pichátaro), assim como em Arantepacua, Cherán, Santa Fe de la Laguna, Ocumicho e Turícuaro, seguindo um processo mais abrangente desde 1997, quando seu trabalho incluiu comunidades das quatro regiões Purépecha.

Por mais de 40 anos, ela promove processos de formação, capacitação e fortalecimento de mulheres das comunidades indígenas Purépecha sobre vários temas como saúde indígena, industrialização de alimentos locais, e direitos sexuais e reprodutivos, entre outros. Nos últimos anos, ela concentrou seus esforços na promoção do conhecimento do idioma Purépecha.

 

Aurelia Ramírez Félix

Local de nascimento: Guanajuato, México
Data de nascimento:
20 de novembro de 1920

Aurelia Ramírez Félix

A Senhora Aurelia Ramírez Félix é nativa e residente próxima da comunidade indígena Otomí de Cañada de Juanica, no município de Tierra Blanca, Guanajuato. Nascida em 1920, ela tem 102 anos de idade. Ela nasceu em 20 de novembro de 1920, em Cañada de Juanica, no mesmo município mencionado anteriormente.

Atualmente, ela é uma das parteiras mais antigas que ainda preservam a sabedoria ancestral desta prática indígena, bem como guardiã da medicina tradicional ancestral da cultura Otomí da região nordeste do estado de Guanajuato. Em 2022, ela foi nomeada tesouro humano vivo do estado de Guanajuato.

 

Marcelina García San Juan

Local de nascimento: Veracruz, México
Data de nascimento:
15 de agosto de 1960

Marcelina García San Juan

A Senhora Marcelina García San Juan é uma mulher indígena Nahua, mexicana, do município de Álamo Temapache, no estado de Veracruz. Ela chegou à comunidade Tepehua de Chintipan, localizada no município de Tlachichilco, onde se casou com seu companheiro, que é falante nativo de Tepehua.

Há mais de 40 anos ela compartilha com a população Tepehua seus conhecimentos da medicina tradicional como parteira indígena. As comunidades Tepehua a reconhecem como "avó Lina", pois ela já fez o parto de mais de 100 crianças indígenas. Ela também oferece seu conhecimento da medicina tradicional com a utilização de plantas medicinais e o uso de temazcales, ajudando a curar diferentes tipos de enfermidades na população Tepehua. Ela é uma figura importante na transmissão e prática do conhecimento ancestral.

 

 

 

La OEA celebró la Semana Interamericana para los Pueblos Indígenas

 

 

Nora Trinidad Aravena

Local de nascimento: Carmen de Patagones, Província de Buenos Aires, Argentina
Data de nascimento:
12 de novembro de 1968

Nora Trinidad Aravena

Nora Trinidad Aravena é uma advogada argentina da comunidade mapuche Monguel Mamuell que tem contribuído para fortalecer a assessoria a várias organizações indígenas do país, dando oficinas nas províncias de Tucumán, Santa Fé, Salta, Jujuy, Córdoba e Rio Negro.

É assessora jurídica do Conselho de Desenvolvimento de Comunidades Indígenas (Co.De.C.I) e participou de vários congressos sobre o tema, incluindo o Fórum “Mesas-Redondas: Legislação e Política”, uma síntese da legislação nacional e provincial, e o estado atual dos territórios comunitários, o direito à propriedade comunitária, o acesso à justiça, à educação, à moradia e à saúde.

Também foi bolsista FILAC-201: “Título de especialista universitária em Povos Indígenas, Direitos Humanos e Cooperação Internacional” e bolsista da OEA em 2009 — “Os Direitos dos povos indígenas no sistema interamericano”.

 

 

 

 

Foster Simon

Local de nascimento: St. Cuthbert's Mission, Guiana
Data de nascimento:
6 mai 1953

Foster Simon

Foster Simon sempre gostou de trabalhar com as mãos. Tem o pedigree, a paciência e a paixão para criar arte com tudo o que toca.

Ter crescido em uma família grande e voltada para a cultura também influenciou Simon. Seus avós garantiram que ele conhecesse a história da comunidade e nutrisse um sentimento de orgulho pela língua aruaque.

Assim, quando Foster decidiu esculpir, tinha inspiração suficiente para trazer à luz belas peças. Desde a infância, tinha amor pela arte. Com a ajuda do famoso artista George Simon, viajou para a Escola de Arte Burrowes, em Georgetown, onde se inspirou ainda mais.

Embora apreciasse a pintura, foi a escultura que chamou sua atenção. Foster destacou-se e ficou conhecido na área. Suas esculturas eram intrincadas e detalhistas. Alega ter buscado inspiração em seus antepassados, na floresta, nas criaturas da floresta e nos mitos e lendas de sua cultura.

Foster pertence ao Movimento dos Artistas Locono. Entre suas peças, uma está no Palácio do Governo boliviano; e outra, na sede da ONU, em Genebra.  Também produziu um minitotem para a celebração do Quinquagésimo Ano da Independência da Guiana.

 

Stephen Campbell

Local de nascimento: Moruca, Guiana
Data de nascimento:
26 de dezembro de 1897

Stephen Campbell

Stephen Campbell foi um político e ativista aruaque da Guiana e o primeiro deputado ameríndio na história do país.

Em 1957, entrou formalmente para a vida política nacional. Ingressou na Frente Trabalhista Nacional (NLF) e, nas eleições gerais daquele ano, foi o único homem a conseguir uma cadeira conquistada pela NLF.  Tomou posse em 10 de setembro de 1957. Naquele dia começava a defesa dos direitos dos ameríndios.

Na sua fase inicial de legislador, o Senhor Campbell chamou atenção para a necessidade de melhorar o transporte no interior remoto, expandir a produção agrícola e desenvolver a segurança da terra. Insistiu no desenvolvimento da educação e também foi fundamental para a criação de melhores instalações de saúde na Região 1.

Hoje, a Guiana está testemunhando seu Governo continuar e intensificar a execução do trabalho e da contribuição do Senhor Campbell durante seu mandato político, pois agora os ameríndios podem ter acesso aos cuidados primários de saúde e educação, infraestrutura rodoviária e representação em nível local, regional, nacional e internacional.  Todo ano são concedidas bolsas de estudo para auxiliar estudantes situados em áreas remotas.

 

 

 

Asociación de Mujeres Indígenas Cabécar Kábata Konana (Protectoras del Bosque y la Montaña)

Costa Rica

 

Gaudencio Mejía Morales

Local de nascimento: Comunidade de Potoichán, Município de Copanatoyac, Guerrero, México
Data de nascimento:
19 de junho de 1964

Gaudencio Mejía Morales

Gaudencio Mejía Morales foi um advogado mixteco comprometido com a defesa dos direitos dos povos indígenas.

Na trajetória desse lutador social exemplar, destaca-se seu trabalho no grupo de assessores para os Diálogos San Andrés entre o Governo mexicano e a EZLN, sua atuação como observador de direitos humanos da Missão das Nações Unidas para a Paz na Guatemala (1996-2001) e sua colaboração no projeto de fortalecimento e capacitação da Defensoria do Povo no Equador (2001-2002). Além disso, participou de um grande número de fóruns, oficinas e simpósios internacionais, onde defendeu a luta e a resistência dos povos indígenas.

Foi fundador da organização Consejo Guerrerense 500 Años de Resistencia Indígena, Negra y Popular e da Asamblea Nacional Indígena Plural por la Autonomía (ANIPA). Antes de sua morte, atuou como diretor da estação de rádio indígena La Voz de la Montaña.

“Nunca mais um México sem os povos indígenas” faz parte do legado de Gaudencio, que sempre se manterá vivo.

 

Martha Sánchez Néstor

Local de nascimento: Município de Xochistlahuaca, Guerrero, México.
Data de nascimento:
4 de fevereiro de 1974

Martha Sánchez Néstor

Martha Sánchez Néstor foi uma líder indígena amuzga, defensora e ativista dos direitos humanos, dos povos indígenas e afrodescendentes, das mulheres e meninas indígenas.

Em 1998 fundou a Comissão de Mulheres no Conselho de Guerrero; em 2001 promoveu a aprovação da Lei de Direitos e Cultura Indígenas em nível constitucional; foi fundadora do Conselho da Nação Amuzga Ñe' cwii ñ'oom  e da Cooperativa de Tecelãs Flores de la Tierra Amuzga. Presidiu a Assembleia Nacional Indígena Plural pela Autonomia e a Rede de Mulheres Indígenas de América Central e México.

Em 2011 recebeu o prêmio Women Deliver, concedido às 100 mulheres mais comprometidas com seu gênero, e em 2016 a revista Forbes México incluiu-a em sua lista das 100 mulheres mais poderosas do país.

Com sua liderança nata, Martha Sánchez deixou um legado de trabalho e inspiração; uma construção de alianças que permanecerá na vida de homens, mulheres e meninas indígenas.

 

Cacique Diriangen

Local de nascimento: Nicarágua
Data de nascimento:
1497

Cacique Diriangen

Tapaligüe ou “capitão de guerra”, Grande Senhor dos Dirianes, adversário dos invasores europeus, considerado o primeiro chefe ameríndio que enfrentou os espanhóis no território da atual Nicarágua.

“Homem dos altos ou das alturas”: DIRIANGEN. Treinado nas artes da guerra, desde muito jovem alcançou a categoria de Homem Guerreiro, Valente e Vitorioso de muitas batalhas.

Em 1523 participa da cerimônia de recepção a Gil González de Ávila com um suntuoso cortejo de cinco trombetas, 500 homens cada um carregando um peru, dezessete jovens mulheres cobertas de adornos de ouro e também portando machados de ouro. Não aceitou o batismo que lhe foi proposto. Atacou os invasores em uma ação que é considerada a primeira manifestação de rebeldia contra a colonização.

Imolou-se em um penhasco perto do vulcão Casita — perseguido pelos espanhóis, jogou-se em uma toca de onças antes de os invasores tomarem seu corpo como troféu.

Representa a rebeldia, a resistência e o valor do povo nicaraguense. 

 

Jennifer Cassar

Local de nascimento: Arima, Trinidad e Tobago
Data de nascimento:
4 de agosto de 1951

Jennifer Cassar

Jennifer Cassar tinha ancestralidade puramente caribe, tendo sido rainha caribe de 2011 a 2018. A rainha caribe é uma figura nobiliárquica cujo papel principal é supervisionar todos os preparativos para o Festival de Santa Rosa — celebração anual com origem nos Primeiros Povos e nas tradições católicas de Trinidad e Tobago. A rainha é uma matriarca anciã e ocupa o papel predominante de liderança em sua comunidade. É eleita por seu conhecimento dos costumes e rituais caribes, e por sua habilidade de transmitir esse conhecimento.

A Senhora Cassar também foi membro e secretária adjunta da Comunidade Caribe dos Primeiros Povos de Santa Rosa. Em abril de 2009, representou o grupo na Terceira Cúpula de Líderes Indígenas das Américas, na Cidade do Panamá, Panamá, e, em dezembro daquele ano, participou de um seminário sobre a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas do Caribe, realizado em Port of Spain, Trinidad.

Ativista cultural e membro da Comissão do Projeto Ameríndio de Trinidad e Tobago, a Senhora Cassar dedicava-se a promover uma comunidade indígena unida e próspera, encorajando as pessoas de linhagem caribe a retornarem e se envolverem mais na promoção do desenvolvimento da comunidade dos Primeiros Povos. 

Jennifer Cassar faleceu em 19 de julho de 2018 e foi sucedida por Nona Lopez Calderon Galera Moreno Aquan.

 

Alonso Muenala Lema

Local de nascimento: Peguche, Equador
Data de nascimento:
8 de fevereiro de 1933

Alonso Muenala Lema

Por herança de seu pai e avô, Alonso Muenala Lema aprendeu a arte da tecelagem desde muito jovem — habilidades familiares e comunitárias que o levaram a fazer exposições em Quito e outras cidades do Equador, permitindo-lhe fazer parte do projeto de desenvolvimento das Artes Manuais no país, primeiro no Instituto Equatoriano de Geografia e Antropologia e depois na Casa da Cultura Equatoriana nos anos 50. Desenvolveu a tecelagem de tapeçarias com motivos e desenhos ancestrais, foi mestre têxtil e ensinou seu saber patrimonial a muitos artesãos do país, como os indígenas Salasacas, que aproveitaram ao máximo os seus conhecimentos.

Alonso Muenala Lema foi Mindalae (comerciante) desde muito jovem, tendo sido um dos primeiros integrantes do povo Kichwa Otavalo a viajar com suas artes têxteis para México, Estados Unidos e Europa — desde 1959. Ao mesmo tempo, sempre cultivou a música e desde jovem formou trios e conjuntos de música indígena, crioula e tradicional, o que o levou a se apresentar em palcos importantes no país, assim como nos Estados Unidos e na Europa. Faleceu em 8 de agosto de 2020.

 

Elba Perez Vda. de Ezquina

Local de nascimento: Município de Santo Domingo de Guzmán, Departamento de Sonsonate, El Salvador
Data de nascimento:
13 de agosto de 1945

Elba Perez Vda. de Ezquina

Nasceu no seio de uma família indígena. A mãe, parteira e conhecedora da medicina natural, transmitiu-lhe seus conhecimentos e a acompanhou ao longo de sua vida.

Foi líder histórica da Associação Nacional Indígena Salvadorenha (ANIS) — primeira associação indígena em El Salvador, surgida na década de 1970 —, onde ocupou o cargo de diretora. Foi reconhecida como representante das mulheres indígenas de El Salvador em vários fóruns internacionais.

Em 16 de setembro de 1998, como parte de um ato de hostilidade contra a associação ANIS decorrente das campanhas realizadas pela ANIS para forçar as autoridades salvadorenhas a pagarem indenização às vítimas do massacre de Las Hojas (massacre de 1983), e também por seu trabalho em questões relacionadas à propriedade da terra, foi presa junto com seu companheiro de vida e líder espiritual da associação, Adrián Esquino Lisco. Ambos foram libertados graças à pronta intervenção de organismos internacionais, como a Anistia Internacional.

Dona Elba é cantora-compositora em sua língua materna, o náhuat, e artesã do barro, herança também transmitida por sua mãe.

É membro da Mesa Multissetorial de Povos Indígenas desde sua criação e participou da construção da primeira política pública para povos indígenas de seu país.

 

Samuel Márquez

Local de nascimento: Cacaopera, Departamento de Morazán, El Salvador
Data de nascimento:
17 de fevereiro de 1989

Samuel Márquez

Samuel Márquez tem conhecimentos de medicina tradicional por herança familiar. A bisavó foi médica tradicional, a avó foi parteira e médica tradicional e foi quem lhe ensinou quase tudo o que sabe.

Iniciou seu trabalho pelos povos indígenas em 2006, visitando comunidades, especialmente a comunidade kakahuira. Começou a consolidar sua atuação junto às  comunidades em 2012, trabalhando pela unificação, o reconhecimento e a autodeterminação dos povos lenca e kakawuira, e iniciou um trabalho para que a população se reconhecesse, por meio de uma iniciativa especialmente com jovens e crianças, para que transmitissem sua cultura e a herança ancestral de seu povo aos mais velhos.

Em 2015, participou da realização das consultas com as comunidades para elaborar a portaria municipal indígena kakawuira, que foi aprovada em 2019 com todo o conselho municipal e o conselho indígena. 

Como guia espiritual, foi ordenado sacerdote indígena em 2012.

Trabalhou em programas de televisão da emissora TRV, do leste do país, para divulgar conhecimentos sobre o povo kakawuira. Participou do censo da FAO para o autorreconhecimento. Atualmente continua trabalhando para proteger os conhecimentos tradicionais e para o autorreconhecimento de seu povo.  

 

Tomás Ruiz

Local de nascimento: Chinandega, Nicarágua
Data de nascimento:
10 de janeiro de 1777

Tomás Ruiz

Sacerdote e advogado nicaraguense, de origem indígena, considerado prócer da Independência da América Central.

Começou seus estudos no Colégio Tridentino de San Ramón, na cidade de León (Nicarágua), e culminou com honras na Universidade de San Carlos da Guatemala, sendo o primeiro indígena centro-americano a obter diploma universitário.

Residiu na Guatemala, distinguindo-se por seu serviço à causa da independência. Sua participação no processo independentista da América Central começou em dezembro de 1813, ao liderar a famosa conspiração conhecida como a Conjuração de Belém.

Foi capturado na noite de 1º de dezembro e permaneceu encarcerado por cinco anos. Libertado da prisão em 1819, mudou-se para San Cristóbal de las Casas, em Chiapas, onde morreu como resultado das humilhações e torturas que recebeu no cárcere. Não se sabe onde está enterrado.

 

Florencio Mes

Local de nascimento: Toledo, Belize
Data de nascimento:
23 de febrero de 1938

Florencio Mes

Florencio Mes es un arpista maya y músico tradicional de Belize.

Durante la mayor parte de su infancia creció bajo el cuidado de su hermano mayor en San Pedro Columbia, donde reside actualmente.

Durante su juventud, el joven Florencio disfrutó de las fiestas del pueblo. Recuerda haber visto al Sr. Fernando Ash y ver como sus dedos tocaban un arpa tradicional mientras una multitud festiva bailaba al ritmo de sus sonidos reverberantes.

Tras seis años de aprendizaje, Florencio adquirió las aptitudes que lo llevaron a convertirse en un venerado músico de arpa. Primero aprendió a interpretar el bajo, luego la guitarra, el violín y finalmente el arpa.

Florencio fundó su primer grupo musical junto con Martin Coc, al violín; Valentino Teul, al bajo; el fallecido Francisco Sam en la guitarra y el propio Florencio en el arpa.

Actualmente, es el músico por excelencia de las fiestas del pueblo. El renombre alcanzado por la forma única en que construye, interpreta y baila con el arpa, le ha merecido el reconocimiento local e internacional.  Florencio se ha convertido en un ícono y maestro del arpa maya, cautivando con su música a una gran audiencia a nivel local, nacional e internacional.

 

Julian Armando Cho

Local de nascimento: San Jose, Belize
Data de nascimento:
6 de abril de 1962

Julian Armando Cho

Julian Armando Cho fue un defensor de los derechos indígenas de Belize. Se incorporó al Consejo Cultural Maya de Toledo (TMCC), un grupo que trabaja a favor de los pueblos indígenas del distrito de Toledo y se convirtió en motor  de la  protección de los derechos indígenas. Julian también organizó   a su pueblo en grupos funcionales, inspirando la creación de la Asociación de Alcaldes de Toledo (TAA) y el Consejo de Mujeres Mayas de Toledo.

El 3 de diciembre de 1995, dirigió una manifestación pacífica para expresar las preocupaciones de los pueblos indígenas respecto a las concesiones forestales en tierras indígenas.

Tuvo una gran capacidad para movilizar e influir en las comunidades y desarrolló una fuerte afiliación con el Indian Law Resource Center (ILRC) que le permitió presentar de manera efectiva la agenda indígena de Belize y dar inicio a la producción de un Atlas Maya.

El 25 de noviembre de 1998, el gobierno de Belize firmó un Memorando de Entendimiento para negociar una solución a la lucha por los derechos a la tierra Maya.

La muerte prematura de Cho en diciembre de 1998 fue una gran pérdida para los mayas y para el medio ambiente del sur de Belize. Fue galardonado de manera póstuma con el Premio James A. Waight Conservation por sus incansables esfuerzos.

 

 

 

José Francisco Calí Tzay

Ambassador (Guatemala)
United Nations Special Rapporteur on the rights of indigenous peoples.

 

Celio Efraín López

Local de nascimento: San Salvador, El Salvador
Data de nascimento:
23 de diciembre de 1962

Celio Efraín López

Nació un 23 de diciembre de 1962 en una familia de danzantes de Moros y Cristianos de San Antonio Abad.

Desde 1981, se dedica al estudio e investigación de las danzas de Historiantes, conocido también como Moros y Cristianos y dos años después inicia la enseñanza de las mismas, labor que realiza hasta la fecha.

A partir de entonces, las personas nativas de San Antonio Abad le dan el reconocimiento como el nuevo enseñador de las danzas tradicionales del lugar, incorporando a las mismas a niños, jóvenes y adultos mayores. Se destaca por el tallado de máscaras, turbantes e instrumentos musicales indígenas, labor por la cual ha sido reconocido tanto en el nivel nacional como internacional.

Es enseñador de las danzas: Moros y Cristianos, Torito Pinto, Cuche de Monte, Danza El Venadito y Pastorelas.

Se dedica a enseñar a las nuevas generación, tanto en las danzas como en el arte de la elaboración de máscaras.

 

 

 

"Mama" Martha Cabrera Cabrera

Jatun Ayllu Yura Parcialudad Urinsaya Wisijsa
Nación Qhara Qhara (Potosi, Bolivia).

 

Fernando Daquilema

Local de nascimento: Chimborazo, Ecuador
Data de nascimento:
5 de junio de 1848

Fernando Daquilema

Importante líder indígena del pueblo Puruhá, con tan solo 23 años luchó por los derechos de los pueblos indígenas, fue una de las figuras más importantes en la rebelión indígena de Chimborazo, en 1871.

En  aquella  época  existían  latifundios con abundante mano de obra indígena que era sobreexplotada por medio del trabajo  subsidiario  donde  se  les obligaba a trabajar a los indígenas en obras  públicas  sin  remuneración,  el alto cobro de diezmos y las primicias; En este contexto, las comunidades Puruhás de Chimborazo se organizaron y mediante decisiones colectivas iniciaron  el  levantamiento indígena de 1871, liderado por Fernando Daquilema, la movilización indígena inició en la comunidad de Cacha y se fue extendiendo por otras zonas, conformando un ejército con miles de mujeres y hombres que enfrentaron  al gobierno de García Moreno. La represión por parte de la guardia nacional provocó un violento enfrentamiento.

Fernando Daquilema muere fusilado en la Plaza Central de Yaruquí el 8 de abril de 1872. Es así que la lucha, tenacidad y coraje de Daquilema se ha convertido en un referente histórico de las transformaciones a favor de los pueblos indígenas.

 

Heritage Minute: Kenojuak Ashevak

Fundadora de la famosa cooperativa de grabadores, dibujantes y diseñadores de Cape Dorset. Kenojuak Ashevak introdujo el arte inuit al mundo (1927-2013).

Heritage Minute cortesía de Historica Canada
(English | Français).

 

Miguel Tankamash

Local de nascimento: Arapicos, cantón Morona, Ecuador
Data de nascimento:
29 de octubre de 1939

Miguel Tankamash

Miguel Tankamash fue originario de Arapicos, cantón Morona, perteneciente a Palora en la Amazonía ecuatoriana.

Líder de la nacionalidad Shuar que se convirtió en un símbolo de lucha, resistencia y coraje. Fue fundador de la Federación Interprovincial de Centros Shuar (FICSH), así como también de la Confederación de las Nacionalidades Indígenas de la Amazonía Ecuatoriana (CONFENIAE) y de la Confederación de Nacionalidades Indígenas del Ecuador (CONAIE)

Miguel Tankamash desempeñó un papel primordial para que los pueblos amazónicos se inserten en la esfera política, económica y social del Estado ecuatoriano. Su lucha se constituyó en un ejemplo para otras nacionalidades y organizaciones indígenas.

La lealtad y firmeza a la hora de defender a su nacionalidad fue una de sus características esenciales. Su liderazgo como primer presidente de la CONAIE le permitió avanzar en la lucha por el reconocimiento y garantía de los derechos de los pueblos y nacionalidades del Ecuador. 

Miguel Tankamash falleció el 27 de octubre de 2018.

 

 

 

Ricardo Delgado

Indígena de la etnia Pemón de Gran Sabana, Bolívar, Venezuela.

 

Alonso García Quele

Local de nascimento: Izalco, Sonsonate, El Salvador
Data de nascimento:
23 de enero de 1953

Alonso García Quele

Mayordomo y mayor de la comunidad indígena de Izalco desde 1991, por la Ley consetudinaria que llevan los pueblos Indígenas, a través de las cofradías mayores.

Formó parte del Comité de Rescate Cultural de Izalco, dedicándose a recuperar las cofradías mayores y la Alcaldía del Común, única forma de gobierno consetudinario que se preserva de la comunidad indígena en la actualidad.

En abril de 2001 es nombrado Mayordomo de la Cofradía Mayor del Padre Eterno, donde ha rescatado el Ritual de las Semillas, entre ellos la Bendición y la Ceremonia de las Cosechas.

En su rol de Mayor de la Comunidad Indígena de Izalco, trabaja por la cohesión indígena comunitaria, siendo mediador en conflictos que surjan en su comunidad.

Ha recopilado y transmitido la tradición oral de su pueblo, los acontecimientos de 1932 y el levantamiento indígena.

En 2006 formó parte de una comisión de notables, nacionales y extranjeros para la conformación de la “Comisión Nacional para el Establecimiento de la Verdad Histórica del Genocidio de 1932”.

 

Benito Pablo Juárez García

Local de nascimento: San Pablo Guelatao, estado de Oaxaca, México
Data de nascimento:
21 de marzo de 1806

Benito Pablo Juárez García

Benito Pablo Juárez García fue un distinguido político mexicano indígena zapoteca y abogado.

Siendo Gobernador de Oaxaca, Benito Juárez  hizo  una  importante referencia a los gobiernos de usos y costumbres de la región; como presidente de la Suprema Corte de Justicia de la Nación, defendió la Constitución de 1857; posteriormente ocupó la Presidencia de  México de  1858 a 1872, período en  el que  impulsó las Leyes de Reforma, y las bases sobre las que se funda el Estado laico y la República Federal en México.

También conocido como Benemérito de  las Américas por  su  lucha contra la invasión francesa, Benito Juárez  asumió los principios de política exterior de defensa  de  la  soberanía  nacional:  el  derecho de  autodeterminación de  los pueblos; la igualdad de los estados;  la no intervención extranjera, mediante sus sabias palabras:  “Entre  los individuos  como entre las   naciones, el  respeto  al derecho ajeno, es la paz”.

En la historiografía se reconoce como la figura capital del liberalismo mexicano del siglo XIX.

 

 

 

Amalia Tello Torralba

Originaria de San Martín Duraznos, Juxtlahuaca, Oaxaca, Mexico. Es integrante de la Asociación Civil Naxihi na xinxe na xihi (“Mujeres en Defensa de la Mujer”).

 

Ologwagdi (Armando José Díaz Rivera)

Local de nascimento: Colón, Panamá
Data de nascimento:
17 de junio de 1953

Ologwagdi (Armando José Díaz Rivera)

Ologwagdi es un artista visual, retratista, caricaturista e ilustrador, con una trayectoria artística de 53 años. Es miembro de la etnia Guna. Posee una formación artística especializada en ediciones infantiles y juveniles.

Ha realizado una gran cantidad de ilustraciones de textos, poemarios, cuentos, diseños de cubiertas de libros y revistas, tanto a nivel nacional como internacional desde 1972. Ologwadgi ha recibido 14 premios, en la categoría de pintura, artesanía, afiches e ilustraciones para libros infantiles y juveniles.

El Ministerio de Educación lo eligió para interpretar artísticamente las correcciones necesarias del Escudo Nacional de la República de Panamá, creando el escudo de referencia para que coincidiera con el original de 1904. Fue designado como experto de arte en la Comisión Nacional de los Símbolos Patrios de la Nación en noviembre de 2019. 

Es promotor de arte infantil Guna y activista cultural.

 

 

 

Vladimir Inuma

Dirigente del pueblo indígena Shipibo-Konibo, Cantagallo, Perú.

 

 

 

Alejandro Neyra Sánchez

Ministro de Cultura del Perú.

 

 

 

Patricia Velásquez

Embajadora de Buena Voluntad de la OEA para los Pueblos Indígenas.