Nota à Imprensa


Ficha informativa: Centro de Integridade de Mídia das Américas

  7 de junho de 2022

Contexto:

  • A democracia está inquestionavelmente sitiada em muitos países das Américas, e sua consolidação desde a década de 1970 tem sido desigual.  Várias pesquisas e estudos acadêmicos concluíram que o retrocesso democrático e os déficits são realidades perigosas no hemisfério hoje.
  • Reportagens e análises jornalísticas, baseadas em fatos e imparcialidade são fundamentais para qualquer democracia saudável e próspera.  Isso também está sob cerco em todos os Estados membros da OEA. 
  • Governos, partidos de oposição, governos estrangeiros, interesses corporativos e crime organizado estão cada vez mais ocupando espaço na mídia tradicional e nova para promover agendas particulares baseadas em seus interesses.
  • Um meio de comunicação formal verdadeiramente independente ou um influenciador de informação informal devem permanecer fora do alcance de tais ameaças.  Isso requer jornalistas, editores e publicadores independentes, qualificados e apoiados, bem como provedores de conteúdo de mídia social e de transmissão, capazes de informar o público com fatos e perspectivas, permanecendo imunes a incentivos financeiros, ameaças à sua segurança física e a um tipo de jornalismo e difusão de informação mais partidária.

Por que a OEA?

  • A Organização dos Estados Americanos (OEA) é inquestionavelmente a principal organização intergovernamental de defesa e apoio à democracia nas Américas.  Por meio da Carta Democrática Interamericana e dos escritórios do Secretário-Geral Luis Almagro, a OEA defende a governança transparente, representativa e democrática entre seus Estados membros. 

O que é o Centro de Integridade de Mídia das Américas?

  • Será um centro com pessoal mínimo, aninhado dentro da Organização dos Estados Americanos, que incentivará financeiramente a prática do jornalismo independente e que não esteja associado a interesses particulares, bem como a produção de conteúdo para redes sociais em toda a América. 
  • O Centro facilitará seminários recorrentes sobre jornalismo e mídia social para criadores de mídia tradicional e nova, liderados pela Facildade de Jornalismo Philip Merrill da Universidade de Maryland
  • O Centro também promoverá um programa anual de prêmios organizado pelo Secretário-Geral da OEA 
  • A Fundação Gabo (Fundação Gabriel García Márquez), com sede em Cartagena, Colômbia, e The Washington Post também são sócios fundadores do Centro, fazendo parte do Conselho Consultivo e como centros de convocação, possivelmente sediando atividades futuras. 
  • Outras atividades se seguirão para reconhecer e apoiar o tipo de jornalismo e divulgação de informações nas mídias sociais que se deseja. 
  • O Centro se esforçará para expandir suas parcerias entre jornalistas, meios de comunicação, acadêmicos e ONGs em todo o hemisfério, a fim de formar uma rede ampla e proativa de valores e objetivos compartilhados. 
  • Iniciado a princípio como um projeto do Secretário-Geral da OEA, o Centro será estruturado como uma organização independente, sem fins lucrativos, 501 (c) 3.  O Centro será inteiramente financiado por doações voluntárias dos setores privado, acadêmico, da sociedade civil e filantrópico de todo o hemisfério. 

Como o Centro será governado?

  • Um Conselho Administrativo supervisionará a atividade de angariação de fundos. 
  • Um Conselho de Assessores separado e independente, composto por premiados jornalistas hemisféricos e líderes de pensamento da mídia, desenvolverá o programa de prêmios e, em estreita colaboração com o Philip Merrill College, estruturará e apoiará o programa de treinamento. A composição completa do atual Conselho Consultivo está disponível aqui.

Referencia: DP-006/22