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Comissão de Mulheres e Conselho Permanente da OEA celebram 90 anos de luta da CIM pela igualdade de gênero

  fevereiro 20, 2018

Comissão de Mulheres e Conselho Permanente da OEA celebram 90 anos de luta da CIM pela igualdade de gênero
Foto: OEA

A Comissão Interamericana de Mulheres (CIM) e o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) realizaram hoje, na sede da organização hemisférica em Washington DC, uma sessão de alto nível para comemorar os 90 anos da Comissão, na qual celebraram-se os avanços conquistados em matéria de igualdade de direitos, apesar de se ter advertido que a região registra os piores índices de violência de gênero do mundo.

A presidente da CIM, Ana María Choquehuanca, disse que, apesar de as Américas contarem com a legislação mais avançada - depois da Europa Ocidental - em matéria de direitos das mulheres, 14 dos 25 países do mundo com os mais elevados índices de feminicídio se encontram na América Latina e no Caribe.

O presidente do Conselho Permanente e Embaixador do Chile, Juan Anibal Barría, afirmou que, apesar dos importantes avanços, a violência contra as mulheres segue sendo um dos principais temas que estancam do desenvolvimento. "As mulheres - e nisso destacamos o trabalho da CIM - têm impulsionado o papel de multiplicadoras da paz, da democracia e do desenvolvimento no continente", disse o diplomata chileno.

O Secretário-Geral Adjunto da OEA, Nestor Mendez, destacou o apoio da Organização no surgimento de mulheres líderes no hemisfério e utilizou como exemplo os movimentos como #NemUmaAMenos, #MeToo, e #TimesUp, que "deixam claro que as mulheres não aceitarão nenhum retrocesso nos direitos que conquistaram durante o século passado".

A sessão de alto nível contou com a participação da Vice-Presidente e Ministra de Relações Exteriores do Panamá, Isabel de Saint Malo; a Vice-Presidente da República do Equador, Maria Alejandra Vicuña;  a segunda Vice-Presidente da Costa Rica, Ana Helena Chacón; a Juíza da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Elizabeth Odio Benito e a ativista pelos direitos das comunidades indígenas da Guatemala, Otilia Lux de Coti, entre outras. Além disso, a Presidente do Chile, Michelle Bachelet, enviou uma mensagem em video.

A CIM foi criada em 1928 por um grupo de mulheres pioneiras americanas com o objetivo de estabelecer as mulheres como sujeitos com direitos e agentes ativas do desenvolvimento e da democracia.

Referencia: FNP-73333