Imprensa da CIDH
Washington, D.C. – A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) emitiu em 9 de agosto de 2022 a Resolução 41/22, por meio da qual concedeu medidas cautelares de proteção em favor de Luis Robles Elizástegui, após considerar que ele se encontra atualmente privado de liberdade em uma situação de gravidade e urgência de risco de dano irreparável aos seus direitos em Cuba.
Segundo a solicitação, o beneficiário se encontra privado de liberdade desde dezembro de 2020, e está em severas condições de detenção sem receber cuidados médicos até o presente. Seus familiares e advogado também alegaram dificuldades para manter contato e realizar visitas, bem como para obter informações sobre suas condições de detenção e de saúde. A solicitação também mencionou que o senhor Luis Robles sofreu agressões por parte de agentes penitenciários na prisão. Quanto ao seu estado de saúde, foi informado que o senhor Luis Robles padece de gastrite crônica e necessita de medicamentos específicos, que ainda não foram providenciados durante a sua prisão. A Comissão lamenta não contar com as observações do Estado, ainda que tenham sido solicitadas em conformidade com o artigo 25.5 do seu Regulamento.
Após analisar as alegações de fato e de direito trazidas pelos solicitantes, a CIDH considerou que as informações apresentadas demonstram prima facie que Luis Robles Elizástegui se encontra em uma situação de gravidade e urgência, já que seus direitos à vida, integridade pessoal e saúde estão em risco de dano irreparável. Portanto, solicita-se à Cuba que:
A concessão da medida cautelar e sua adoção pelo Estado não constituem prejulgamento sobre uma eventual petição perante o sistema interamericano na qual sejam alegadas violações aos direitos protegidos na Convenção Americana e em outros instrumentos aplicáveis.
A CIDH é um órgão principal e autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), cujo mandato surge a partir da Carta da OEA e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos. A Comissão Interamericana tem como mandato promover a observância e defesa dos direitos humanos na região e atua como órgão consultivo da OEA na temática. A CIDH é composta por sete membros independentes, que são eleitos pela Assembleia Geral da OEA a título pessoal, sem representarem seus países de origem ou de residência.
No. 178/22
5:45 PM