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Imprensa da CIDH
Washington, D.C.- No marco do Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) apresenta seu Plano Estratégico para o período 2023-2027; roteiro para o trabalho da instituição durante os próximos cinco anos, cujo foco é a proteção de todas as pessoas no hemisfério.
53 anos após a adoção da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, a Comissão reafirma seu compromisso de promover a observância e defesa dos direitos humanos das populações, comunidades e povos das Américas, com especial atenção àqueles que são historicamente excluídos.
ara a elaboração de seu terceiro Plano Estratégico, a Comissão incorporou uma visão inclusiva, interseccional e diferenciada, por meio da consideração dos diversos contextos e escutando as vozes de pessoas usuárias do sistemas, organizações da sociedade civil, especialistas em direitos humanos e sistema interamericano e Estados membros da OEA.
A Comissão realizou 32 consultas para conhecer a opinião e as propostas sobre as temáticas prioritárias, os desafios em vista para os próximos cinco anos, e sobre ações estratégicas para enfrentar o contexto atual e futuro. Realizou-se uma consulta online, 10 fóruns regionais com Estados e sociedade civil, 12 consultas sobre temas e populações prioritárias, 5 oficinas internas com a equipe da CIDH, uma oficina com as instituições doadoras, e uma oficina com órgãos da OEA, nas quais participaram 2,663 pessoas, 26 Estados membros e 585 organizações da sociedade civil.
A partir dessas consultas, a Comissão recebeu, sistematizou e avaliou mais de 5.000 opiniões, propostas e recomendações sobre o funcionamento de seus mecanismos, o impacto de suas decisões, os desafios a serem enfrentados nos próximos anos e as atividades inovadoras a serem incorporadas ao Plano Estratégico. Este processo endossou as populações prioritárias e as questões que são objeto das 13 relatorias temáticas e especiais da CIDH, e os temas transversais do plano em vigor, com um adicional sobre os direitos humanos no ambiente digital.
Para aprofundar a análise, a CIDH incorporou os resultados de uma avaliação independente do atual Plano Estratégico que termina em dezembro de 2022, a qual concluiu que o mesmo foi muito eficaz, fomentou uma cultura de gestão baseada em resultados, permitiu um trabalho bem harmonizado para o cumprimento da missão e contribuiu para a modernização da instituição e para a sustentabilidade dos resultados.
Este Plano Estratégico se baseia na teoria da mudança que define as mudanças para as quais a CIDH deseja contribuir a curto, médio e longo prazo, e os resultados que espera alcançar através de suas ações, tendo como visão estratégica um hemisfério democrático, inclusivo e comprometido com a proteção dos direitos humanos de todas as pessoas e povos da região, vivendo com dignidade, igualdade e justiça.
O Plano Estratégico estabeleceu 9 objetivos estratégicos e 34 programas que se
concentrarão em alcançar os seguintes resultados a médio prazo: maior proteção e
defesa das vítimas de violações de direitos humanos; maior observância e
garantia dos direitos humanos no hemisfério pelos Estados; e melhoria da cultura
institucional, com uma abordagem de direitos humanos.
Tudo isso envolverá o aumento do acesso das pessoas à justiça interamericana,
com ênfase na agilização dos processos e na melhoria dos mecanismos de acesso; a
expansão dos acordos de solução amistosa; a análise dos riscos diferenciais em
medidas cautelares; o fortalecimento do acompanhamento das recomendações e do
SIMORE interamericano; tudo isso, com um diálogo multinível com os Estados.
Para assegurar maior observância e garantia dos direitos humanos no hemisfério
pelos Estados, a CIDH reforçará suas estratégias de monitoramento para
contribuir para a prevenção de violações de direitos humanos e para tratar dos
fatores estruturais que geram discriminação e violência contra pessoas em
situações de exclusão, através do desenvolvimento de metodologias para análise
de risco e gestão da informação. Este novo Plano Estratégico fortalece a agenda
de diálogo com os Estados através de modalidades que incluem a capacitação e a
cooperação técnica. Além disso, aposta na expansão dos vínculos com as
instituições nacionais de direitos humanos, organizações da sociedade civil e
outros atores não estatais que influenciam o desfrute dos direitos humanos.
A Comissão continuará dando atenção prioritária ao Caribe e à América Central,
bem como à promoção dos direitos humanos no ambiente digital e ao uso de
tecnologias; ao fortalecimento do Estado de Direito, das instituições
democráticas e da independência de poderes; ao foco nos direitos econômicos,
sociais, culturais e ambientais, na liberdade de expressão e no acesso à
informação.
A CIDH está empenhada em melhorar a cultura institucional, com uma perspectiva
de gênero, interseccionalidade e gestão baseada em resultados, em termos de
acessibilidade em seus mecanismos, melhor gestão do talento humano, comunicação
e divulgação amigável, continuidade do atendimento às pessoas que procuram a
instituição, maior responsabilidade e transparência dos processos
institucionais, melhoria do ambiente de trabalho e inovação, modernização e
melhoria contínua da tecnologia.
A Comissão agradece imensamente à sociedade civil, aos movimentos sociais,
academia, especialistas, órgãos da OEA e representantes dos Estados que
participaram deste processo e permitiram uma maior pluralidade de vozes,
garantindo um processo democrático e transparente.
A CIDH é um órgão principal e autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), cujo mandato decorre da Carta da OEA e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos. A Comissão Interamericana tem o mandato de promover a aplicação e a defesa dos direitos humanos na região e atua como órgão consultivo da OEA nesta área. A CIDH é composta por sete membros independentes que são eleitos pela Assembleia Geral da OEA de forma pessoal, e não representam seus países de origem ou residência.
La CIDH es un órgano principal y autónomo de la Organización de los Estados Americanos (OEA), cuyo mandato surge de la Carta de la OEA y de la Convención Americana sobre Derechos Humanos. La Comisión Interamericana tiene el mandato de promover la observancia y la defensa de los derechos humanos en la región y actúa como órgano consultivo de la OEA en la materia. La CIDH está integrada por siete miembros independientes que son elegidos por la Asamblea General de la OEA a título personal, y no representan sus países de origen o residencia.
No. 272/22
11:00 AM