Desde a sua criação, a REDESCA desempenhou um papel ativo e colaborativo nos níveis internacional e regional, realizando visitas promocionais, de trabalho e in loco em países como Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Chile, El Salvador, Equador, EUA, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Peru e Venezuela. Sua participação em eventos ou sessões do Conselho Permanente ou da Assembleia Geral da OEA, juntamente com a colaboração com órgãos políticos e espaços dentro da mesma organização, fortaleceu seu impacto e presença. Além disso, a REDESCA ampliou sua influência colaborando com uma variedade de organizações internacionais e participando em eventos significativos como a Cúpula das Américas e conferências internacionais relevantes para o mandato. Essa expansão de sua rede inclui a formação de alianças estratégicas com as Nações Unidas e a cooperação com países fora da região americana. Um aspecto notável de seu trabalho é a contribuição ativa no Grupo de Trabalho do Protocolo de San Salvador (GTPSS), onde o Relator Especial atual traz seu conhecimento especializado, representando a CIDH.
Além disso, a REDESCA gerou observações e recomendações detalhadas sobre os DESCA, derivadas de suas visitas in loco a países como Brasil, Equador, El Salvador, Chile, México, Colômbia e Venezuela. Esse esforço se estende à preparação de relatórios específicos sobre o Haiti e outros relatórios temáticos que abordam diferentes aspectos dos DESCA. Além disso, a Relatoria Especial prepara um relatório anual que analisa a situação dos DESCA na região, contribuindo também para os capítulos IV.B e V do relatório anual da CIDH.
Desde 2018, a REDESCA realizou aproximadamente 343 atividades de capacitação e promoção, alcançando um amplo espectro da população em toda a região. Isso inclui membros de organizações da sociedade civil, funcionários públicos e representantes de instituições nacionais de direitos humanos. A partir de 2021, a Relatoria contribuiu em mais de 96 audiências públicas, demonstrando seu compromisso com o fomento do diálogo e a defesa dos DESCA. Além disso, desde 2017, divulgou 118 comunicados de imprensa e manteve uma presença ativa nas redes sociais para promover e proteger os direitos humanos no continente americano. Também desde 2018, elaborou 37 cartas sob o artigo 41 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e o artigo 18 do Estatuto da CIDH, fortalecendo seu papel na supervisão e promoção dos direitos humanos.
A REDESCA desempenhou um papel fundamental na elaboração e contribuição para uma série de relatórios temáticos que cobrem uma ampla gama de temas críticos em direitos humanos. Destacam-se seus relatórios sobre Pobreza e Direitos Humanos (2017), Empresas e Direitos Humanos: Padrões Interamericanos (2019), e os DESCA das pessoas afrodescendentes (2021). Igualmente, a elaboração e/ou contribuição para a Declaração sobre Liberdade Acadêmica e Autonomia Universitária (2021) e para o Compêndio sobre DESCA, Padrões Interamericanos (2022). Recentemente, abordou Doenças Não Transmissíveis e direitos humanos (2023), os vínculos entre pobreza, mudança climática e DESCA no contexto da mobilidade na América Central e no México (2023), a proteção de defensores ambientais no Norte da América Central (2023), os direitos dos povos indígenas e afrodescendentes na Nicarágua e no Norte da América Central (2023), e os Direitos trabalhistas e sindicais em Cuba (2023).
A REDESCA tem sido fundamental na resposta a desafios contemporâneos por meio da publicação e aprovação de resoluções-chave, refletindo sua liderança na estratégia da CIDH em situações de crise. Entre estas, destacam-se a Resolução 1/20 sobre Pandemia e Direitos Humanos nas Américas, a Resolução 4/20 sobre os Direitos Humanos das Pessoas com COVID-19, a Resolução 1/21 sobre vacinas contra a COVID-19 no âmbito das obrigações de direitos humanos interamericanos e a Resolução 3/21 sobre a Emergência Climática e Direitos Humanos.
A REDESCA fortaleceu seu trabalho por meio da cooperação técnica com Estados e instituições públicas, destacando-se pela sua participação no desenvolvimento do Plano Nacional sobre Empresas e Direitos Humanos no Equador e no Peru, e a elaboração de notas técnicas dirigidas a parlamentos sobre projetos de lei. Esta cooperação se estende à interação com altas cortes, bem como com instituições acadêmicas.
Em relação ao sistema de petições e casos, a REDESCA tem fornecido assessoria especializada dentro da CIDH desde 2018, colaborando em 196 projetos de relatórios nas fases de admissibilidade e/ou mérito até 2023. Além disso, forneceu assessoria especializada em 235 projetos, memos ou resoluções sobre solicitações de medidas cautelares até a mesma data. Destaca-se pela sua participação perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) em casos significativos, como o Caso dos Povos Tagaeri e Taromenane vs. Equador e o Caso da Comunidade de La Oroya vs. Peru.
A REDESCA também foi instrumental no desenvolvimento de insumos para as observações apresentadas à Corte IDH, incluindo sua liderança no pedido de Opinião Consultiva 27/21 sobre direitos à liberdade sindical, negociação coletiva e greve sob uma perspectiva de gênero, e no pedido de uma opinião consultiva por Chile e Colômbia sobre obrigações estaduais diante da Emergência Climática. Esse esforço envolveu uma colaboração estreita com a Secretaria Executiva Adjunta de Petições e Casos, culminando na apresentação de documentos endossados pelo pleno da CIDH. Além disso, a REDESCA contribuiu para o pedido de uma Opinião Consultiva sobre o direito ao cuidado e sua inter-relação com outros direitos, demonstrando seu compromisso e contribuição essenciais ao sistema interamericano de proteção aos direitos humanos.