Nota à Imprensa


Declaração da Secretaria-Geral da OEA sobre o exílio forçado de Edmundo González

  8 de setembro de 2024

A um mês e dez dias das eleições presidenciais na Venezuela, o regime não só não conseguiu produzir a menor prova de resultado eleitoral, como forçou o exílio do candidato Edmundo González - que, tendo em conta o que aconteceu desde a data das eleições, não há dúvida de que venceu as mesmas - com base em convocações infundadas ao Ministério Público e ameaças de prisão. Esta ação do regime autoritário venezuelano é obviamente condenável e repudiável.

Ou seja, tudo correu como esperado deles. Há poucos dias dissemos que era ridículo que se esperassem eleições livres, justas e transparentes do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), assim como é ridículo esperar justiça dos diferentes atores do sistema de justiça venezuelano. Portanto, Edmundo González só fez o que era apropriado nesta ocasião, a Venezuela definitivamente não precisa de mais um preso político, nem de mais uma pessoa torturada, não precisa de mais uma vítima de violações sistemáticas dos direitos humanos. Sabemos quais são as prisões do regime e conhecemos a triste natureza humana da cadeia de comando da repressão ditatorial.

Neste processo eleitoral que não terminou, devemos ainda continuar trabalhando para que o verdadeiro vencedor das eleições de 28 de julho assuma a Presidência da República Bolivariana da Venezuela em janeiro do próximo ano. Os objetivos que perseguimos em defesa da democracia e dos direitos humanos devem continuar e os nossos esforços devem ser maiores enquanto pioram as circunstâncias.

Referencia: P-063/24