Nota à Imprensa


OEA apresenta relatório sobre insegurança alimentar e nutricional nas Américas

  24 de junho de 2022

A Organização dos Estados Americanos (OEA) apresenta o relatório "Enfrentando a insegurança alimentar nas Américas: boas práticas e lições aprendidas durante a pandemia de Covid-19", que sistematiza informações de 16 países sobre políticas e programas para garantir a segurança alimentar na região e identifica linhas de ação prioritárias nesta questão.

A insegurança alimentar está aumentando em vários países ao redor do mundo, revertendo anos de progresso e comprometendo a capacidade de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030, especificamente o objetivo de “Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável”. A combinação do início da pandemia de COVID-19 com o declínio da renda e interrupções nas redes de fornecimento de alimentos e nas cadeias de distribuição levou a um aumento significativo da fome crônica e aguda.

Na América Latina e no Caribe, em 2020, 41% das pessoas estavam em situação de insegurança alimentar moderada ou grave e 14% vivenciavam insegurança alimentar extrema, definida como não ter comida e passar um dia ou mais sem comer, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O número de pessoas sem acesso físico ou econômico a uma quantidade e qualidade de alimentos necessários para a saúde e o desenvolvimento aumentou para 267 milhões de pessoas em 2020, um aumento de 60 milhões de pessoas em relação ao ano anterior. A insegurança alimentar atinge desproporcionalmente grupos que já se encontram em situação de maior vulnerabilidade, como mulheres, povos indígenas e afrodescendentes, pessoas com deficiência, idosos, pessoas em situação de mobilidade humana, entre outros.

"Esperamos que este relatório seja de grande utilidade para os Estados membros no combate a este flagelo", disse Betilde Muñoz-Pogossian, Diretora do Departamento de Inclusão Social da Secretaria de Acesso a Direitos e Equidade da OEA, que preparou este relatório. “Compartilhar essas informações em nível regional é de grande importância para orientar os países em suas ações para ampliar e melhorar seus esforços para a segurança alimentar nas Américas”, acrescentou.


O relatório foi um insumo essencial na sessão conjunta do Conselho Permanente da OEA com o Conselho Interamericano de Desenvolvimento Integral (CIDI) de 21 de junho (ver vídeo e fotos), cujo objetivo era abordar e promover ações viáveis e de cooperação regional para a fim de fortalecer a segurança alimentar de maneira abrangente e sustentável como estratégia fundamental para atender às persistentes necessidades sociais e econômicas nas Américas, incluindo aquelas emergentes da pandemia de COVID-19.

Este relatório é uma das ações adotadas pela OEA no seguimento da declaração adotada na Assembleia Geral da Organização em 2021, "Compromisso renovado com o desenvolvimento sustentável pós-COVID-19 nas Américas", que destaca o "compromisso de continuar promover medidas nacionais e regionais para responder às múltiplas crises desencadeadas, abordando as causas estruturais, particularmente para combater os efeitos das mudanças climáticas e a perda de biodiversidade, bem como a discriminação, fome e insegurança alimentar e nutricional, deslocamento, pobreza e violência. A OEA permanece à disposição dos Estados membros para continuar promovendo medidas eficazes para erradicar a fome em toda a região.

Referencia: P-036/22