Nota à Imprensa


OEA patrocionará o Prêmio Latinoamericano de Jornalismo Investigativo

  15 de maio de 2018

A Organização dos Estados Americanos (OEA) patrocionará o prestigioso Prêmio Latinoamericano de Jornalismo Investigativo, que é organizado pelo Instituto de Imprensa e Sociedade (IPYS) e Transparência Internacional (TI), desde 2002.

Isto, segundo o acordo entre a Secretaria Geral da instituição hemisférica e estas duas organizações da sociedade civil.

"É uma decisão que demonstra o compromisso da OEA com o jornalismo que investiga a corrupção e as violações dos direitos humanos, em ocasiões como ditaduras e ataques do crime organizado", afirmou o Secretário Geral da OEA, Luis Almagro, em uma recente reunião com Ricardo Uceda, Diretor Executivo da IPYS.

Almagro expressou que a iniciativa é coincidente com o trabalho da Relatoria para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e com as resoluções da VIII Conferência das Américas, realizada em Lima no mês passado.

Em breve, um acordo será assinando para institucionalizar a participação da OEA. Uceda comentou que as distinções, com prêmios de 10.000 dólares ao ganhador, 5.000 dólares aos segundos e terceiros lugares, e um diploma para os dez finalistas, seguirão sendo decididas por um jurado independente das organizações.

Adicionou que, acolhendo os sentimentos dos jornalistas que cobrem o crime organizado, desde 2018 o Prêmio Latinoamericano de Jornalismo Investigativo levará o nome de Javier Valdez, em homenagem a este exemplar jornalista assassinado pelo narcotráfico no México, onde mais de cem repórteres morreram desde o ano 2000.

O Secretário Geral da OEA entregará o Prêmio em novembro deste ano em Bogotá, durante a Conferência Latinoamericana de Jornalismo Investigativo (COLPIN 2018). E, no próximo ano acontecerá em Culiacán, Sinaloa, México. Cidade na qual Javier Valdez dirigia o seminário Riodoce, quando foi assasinado, um ano atrás, no dia 15 de maio de 2017.

Por outra parte, o Relator Especial para a Liberdade de Expressão, Edison Lanza, anunciou um acordo com o IPYS para premiar os melhores repórteres que utilizam petições de acesso a informação pública, com distinções que serão entregues anualmente nas COLPIN. "O jornalismo investigativo desempenha um papel crítico no que se refere a revelar casos de corrupção e, nesse contexto do direito ao acesso a informação que está no poder do Estado, esta pode ser uma ferramenta muito útil para a investigação de irregularidades", disse Lanza.

Com esta nova iniciativa, a OEA realiza sua vocação em prol da liberdade de imprensa e da defesa do jornalismo independente.

Referencia: P-028/18