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OEA presta homenagem a jornalistas assassinados nas Américas

  novembro 11, 2024

OEA presta homenagem a jornalistas assassinados nas Américas
Foto: OEA

A Organização dos Estados Americanos (OEA) prestou homenagem hoje a jornalistas assassinados nas Américas, em um evento organizado pelo Relator Especial para a Liberdade de Expressão (SRFOE) da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) no âmbito do Dia Internacional para Acabar com a Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, comemorado em 2 de novembro.

Na homenagem, realizada em frente ao memorial aos jornalistas assassinados nos jardins da OEA em Washington D.C, o Secretário-Geral da OEA, Luis Almagro, disse que "nenhum jornalista deve pagar com a vida por fazer seu trabalho. O preço da verdade nunca deve ser a morte. A impunidade desses crimes é um preço que nossas democracias não podem pagar."

O Relator Especial para a Liberdade de Expressão (SRFOE) da CIDH, Pedro Vaca, disse que “a impunidade não só perpetua o ciclo de violência contra a imprensa, mas também envia uma mensagem devastadora: a reportagem tem um preço que se paga com a vida”.

Por sua vez, o Presidente do Grupo de Amigos do Conselho Permanente para a Liberdade de Expressão e Jornalismo e Representante Permanente do Equador na OEA, Mauricio Montalvo, disse que considera essencial “refletir sobre a liberdade de imprensa como uma prioridade e responsabilidade constante.

Proteger jornalistas não representa apenas uma obrigação moral, mas é uma condição essencial para o bom funcionamento de nossas sociedades e democracias”.

A Representante Permanente da Guatemala na OEA, Claudia Escobar, disse que “estamos firmemente comprometidos em erradicar qualquer ato que limite os direitos humanos e viole a lei. Aspiramos a um mundo onde a liberdade de expressão seja protegida e nunca paga com a vida. Vamos unir forças para que nenhum jornalista enfrente a morte por seu trabalho”.

A relatora da CIDH para Memória, Verdade e Justiça, Andrea Pochack, disse que o memorial da OEA, obra da artista argentina-americana Stephanie Mercedes, “reforça o compromisso da OEA e de todos os seus Estados-membros de continuar lutando pela liberdade de expressão. Cada jornalista assassinado representa uma tentativa de silenciar não apenas uma voz individual, mas de restringir o direito coletivo à informação.”

Também participou da cerimônia Amanda Villavicencio, filha do jornalista e ex-candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio, que foi assassinado durante um evento de campanha no ano passado. Em suas palavras, Amanda Villavicencio convocou os defensores da democracia a “unir nossa coragem e somar nossas vozes exigindo sanções internacionais contra aqueles que usam o jornalismo para encobrir o crime organizado. Nosso objetivo é claro: que esta tragédia não se repita em nenhuma família ou em nenhuma democracia.”

Desde 1998, 537 jornalistas foram assassinados nas Américas. Somente neste ano, 19 jornalistas, homens e mulheres, morreram enquanto trabalhavam na profissão.

Referencia: FNP-144152