PREZADOS AMIGOS E AMIGAS,

A democracia é um direito dos povos. Na OEA, construímos nossa convivência em torno das liberdades fundamentais de nossa gente.

A construção da democracia é permanente. A agenda exige que, a cada dia, reassumamos nossos compromissos com os direitos da participação política dos cidadãos.

Devemos ser fortes para ser coerentes. Cada palavra que acordamos tem um significado profundo para nossas sociedades. Nossos heróis deram a vida para que construamos nossos sistemas políticos sobre princípios fundamentais: separação de poderes, independência do Poder Judiciário, direitos eleitorais, garantias das liberdades fundamentais de nosso povo, respeito à liberdade de expressão e à dissidência política.

Heróis anônimos continuam dando o sangue ainda hoje para reafirmar essas liberdades fundamentais; cada ativista social assassinado, cada ativista de direitos humanos, cada ativista de meio ambiente assassinado, cada jornalista que investiga a corrupção assassinado, cada manifestante que reclama liberdade assassinado, como Fabián Urbina, todos os que vêm sofrendo ataques e sendo mortos.

Cada um que morre nos abre mais as portas da liberdade. Cada um que vive e luta, com sua ação nos leva adiante nesse caminho da democracia. Cada um dos cidadãos das Américas é a expressão de nossas democracias, pois nossa legitimidade, a de todos nós aqui, se deve ao povo e só se pode dever ao povo. Se essa legitimação é perdida, será somente para nossa desgraça.

A paz de nossos povos depende da força de nossos direitos. Nunca renunciemos a nossos direitos, nunca renunciemos à paz.