Temas considerados pela Comissão
Programa de Educação para a Paz
Relatórios
CONSELHO PERMANENTE DA
ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS
COMISSÃO DE SEGURANÇA HEMISFÉRICA |
OEA/Ser.G
CP/CSH-89/97
18 novembro 1997
Original: espanhol |
EXPOSIÇÃO DO PRIMEIRO VICE-PRESIDENTE DA
COMISSÃO DE SEGURANÇA HEMISFÉRICA
SOBRE O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PARA A PAZ
Na Declaração de Santiago sobre Medidas de Fortalecimento da
Confiança e da Segurança, recomendou-se a aplicação de diversas medidas de confiança,
entre as quais se mencionou a elaboração de programas de educação para a paz. A
Assembléia Geral, em seu Vigésimo Sexto Período Ordinário de Sessões, mediante a
resolução AG/RES. 1409 (XXVI-O/96) solicitou ao Conselho Permanente que, por intermédio
da Comissão de Segurança Hemisférica e com o apoio da Secretaria-Geral, elaborasse as
diretrizes gerais para o Programa de Educação para a Paz.
Nesse contexto, e sem prejuízo dos trabalhos que a consultora
contratada pela Secretaria-Geral desenvolve em colaboração com a Comissão nessa tarefa,
submeto à consideração dos Senhores Delegados, diretrizes para que se inicie um
processo de reflexão sobre o tema das relações entre civis e militares no Hemisfério,
que deve ser de fundamental importância para um programa de educação para a paz como o
previsto.
Nesse sentido, entendemos a educação como um processo de transmissão
de conhecimentos e experiências entre civis e militares com o objetivo principal de
conseguir melhor entendimento e confiança mútua, de maneira que contribua para manter e
solidificar a paz e fortalecer as instituições democráticas. Esse processo educativo
implica a realização de seminários, workshops, mesas-redondas etc. nos quais se
realizaria esse intercâmbio.
Por outro lado, cumpre assinalar que a Organização muito pode
contribuir para o intercâmbio de conhecimentos e experiências sobre as principais
questões suscitadas pelas relações entre civis e militares no Hemisfério. As amplas
concepções expostas pelos Estados do Caribe e as constantes do Tratado Marco de
Segurança Democrática na América Central merecem reflexão e poderiam ser consideradas
mediante um processo de diálogo entre os setores civis e militares.
Assim, a Comissão de Segurança Hemisférica poderia examinar a
conveniência e possibilidade de convocar uma reunião de peritos em relações civis e
militares, para o intercâmbio de pontos de vista sobre a maneira de implementar essa
idéia.
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