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Imprensa da CIDH
Washington, D.C. - A Comissão
Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) instalou o Mecanismo Conjunto de
Acompanhamento das recomendações do relatório Situação dos Direitos Humanos no
Chile (MESECH) em Santiago do Chile, em 12 de dezembro de 2022, com a assinatura
do acordo do plano de trabalho para a implementação do MESECH.
A CIDH e o Estado do Chile decidiram subscrever um plano de trabalho para o
MESECH que contribua no processo de cumprimento das recomendações e na
consolidação do diálogo com os diversos setores da sociedade em torno ao
processo de implementação das recomendações do relatório de país.
“O MESECH é um modelo de trabalho inovador. Pela primeira vez o acompanhamento
das recomendações de um relatório da CIDH se realiza de forma conjunta com um
Estado. Esta característica plasma o duplo compromisso do Chile com o Sistema
Interamericano de Direitos Humanos. Por um lado, ao assumir o compromisso de
atender as recomendações do relatório da CIDH. Pelo outro, ao ser parte do
acompanhamento da implementação de tais recomendações no âmbito de um plano de
trabalho conjunto”, destacou o Comissionado Joel Hernández, relator para o
Chile.
O MESECH tem a finalidade principal de realizar ações de monitoramento das
recomendações emitidas pela CIDH no relatório Situação dos Direitos Humanos no
Chile. A partir deste objetivo principal, se busca a aplicação de metodologias
especializadas que permitam que o Mecanismo analise e avalie os avanços no
cumprimento das recomendações do relatório; assim como a articulação e o
desenvolvimento de atividades para oferecer assistência especializada nos
processos de implementação das recomendações do relatório. Nesse âmbito, o plano
de trabalho acordado inclui visitas ao país para receber informações in loco,
assim como apoio técnico, entre outros.
Participaram da cerimônia de instalação, a Ministra das Relações Exteriores,
Antonia Urrejola; o Comissionado, relator para o Chile, Joel Hernández; o
embaixador do Chile na OEA, Sebastián Kraljevich; e a equipe técnica da
Chancelaria do Chile e da CIDH.
Antecedentes
Em razão dos protestos sociais que ocorreram no Chile desde 18 de outubro de
2019 até o início de 2020, situação que ficou conhecida como “estampido social”,
a CIDH realizou uma visita de observações no Chile. Ao término da visita, a CIDH
emitiu considerações preliminares, nas quais observou que, ainda que o Chile
conte com um sistema democrático e um sólido Estado de Direito, o país enfrentou
um grande desafio para adequar a resposta das suas instituições às demandas
democráticas da sua população e em face dos atos de violência no âmbito do
estampido social de 2019.
Em 24 de janeiro de 2022 a Comissão aprovou e publicou o relatório Situação dos
Direitos Humanos no Chile, no qual compilou as informações fornecidas tanto pelo
Estado como pelas organizações da sociedade civil e demais atores com os quais
se reuniu na visita de trabalho. No relatório a Comissão formulou 60
recomendações dirigidas ao Estado do Chile. Nesse contexto, após dialogar com
autoridades nacionais, a Comissão e o Estado do Chile acordaram a criação de um
mecanismo conjunto de acompanhamento das recomendações incluídas no relatório.
A CIDH é um órgão principal e autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), cujo mandato decorre da Carta da OEA e da Convenção Americana sobre Direitos Humanos. A Comissão Interamericana tem o mandato de promover a aplicação e a defesa dos direitos humanos na região e atua como órgão consultivo da OEA nesta área. A CIDH é composta por sete membros independentes que são eleitos pela Assembleia Geral da OEA de forma pessoal, e não representam seus países de origem ou residência.
No. 276/22
2:30 PM