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Após 17 anos, OEA dá primeiro passo para aprovação da Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas

  24 de maio de 2016

A Organização dos Estados Americanos (OEA) deu um primeiro passo para a aprovação da Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas na Assembleia Geral da instituição, a ser realizada na República Dominicana de 13 a 15 de junho.

O Grupo de Trabalho Encarregado da Elaboração do Projeto de Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas aprovou a iniciativa na semana passada durante uma reunião na sede da OEA em Washington, D.C. Representantes dos Estados Membros e dos povos indígenas das Américas participaram da reunião.

O documento reconhece a organização coletiva, a natureza pluricultural e multilingue das sociedades, e pronuncia-se sobre a auto-identificação de pessoas que se consideram indígenas. Também dá uma proteção especial aos povos em isolamento voluntário ou em situação de contato inicial, um elemento que o distingue de outras iniciativas na matéria.

O projeto de Declaração é o primeiro instrumento na história da OEA que promove e protege os direitos dos povos indígenas das Américas.

Para ser aprovado, deve ser apresentado pela Presidente do Grupo de Trabalho, a Representante Permanente do Paraguai junto à OEA, Elisa Ruiz Díaz, à Comissão de Assuntos Jurídicos e Políticos que, depois de analisá-lo, deve sometê-lo ao Conselho Permanente que, por sua vez, deve apresentá-lo à Assembleia Geral para aprovação final. A Assembleia Geral é o órgão mais importante da OEA.

O projeto de Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas tem sido discutido por 17 anos no âmbito da OEA. O texto de referência foi aprovado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) em 1997 e, dois anos depois, em 1999, o Grupo de Trabalho iniciou seus trabalhos.

Referencia: AVI-083/16